Trabalhos
de conclusão
de curso

Este trabalho investiga, a partir de uma perspectiva historiográfica, de que modo o conhecimento sociolinguístico se manifesta na coleção de livros didáticos de português “Veredas da Palavra” (2017), de Roberta Hernandes e Vima Lia Martin, destinada ao Ensino Médio. Os resultados indicam que a obra converge com a atmosfera intelectual à época de sua publicação, o que abrange reflexos da já consolidada Tradição Sociodiscursiva e da quarta onda da Sociolinguística no Brasil, ao mesmo tempo em que dá continuidade à tradição gramatical, sobretudo em momentos em que se discute a norma-padrão.

Este trabalho investiga o tratamento dispensado pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) aos fenômenos linguísticos e ao texto no eixo de análise linguística. Defende-se a tese de que o documento, no trato com a análise linguística, aborda o objeto texto em sua dimensão tanto composicional quanto interacional. O tratamento dos fenômenos linguísticos de natureza gramatical, por sua vez, se mostra não linear: em certos casos, apresenta-se a serviço do texto e, em outros, sua compreensão se limita à discussão formal e metalinguística.

Este trabalho define, analisa e discute as implicações pedagógicas do que denomina “protoesqueletos de redação escolar”, modelos esquemáticos de redações escolares difundidos em redes sociais. A pesquisa aponta que os protoesqueletos de redação escolar partem de uma concepção de produção textual voltada para a reprodução de padrões formais, desconsiderando a complexidade do gesto autoral que envolve a produção da redação escolar. Ao atestar a limitação desse tipo de modelo e suas consequências para a discussão sobre ensino de produção textual, o trabalho defende um ensino de redação escolar que considere as dimensões linguística, textual e interacional do gesto de escrita.

Este trabalho teve o objetivo de analisar o tratamento normativo nas coleções de livro didático do ensino médio "Português contemporâneo: diálogo, reflexão e uso" (Cereja; Dias Vianna; Codenhoto, 2016) e "Português: contexto, interlocução e uso" (Abaurre; Abaurre; Pontara, 2016). A análise considerou o arcabouço teórico e descritivo de gramáticas contemporâneas da fala, da escrita e da fala e escrita do português brasileiro: "Gramática descritiva do português brasileiro" (Perini, 2016), "Gramática inteligente do português do Brasil" (Vitral, 2017) e "Gramática pedagógica do português brasileiro" (Bagno, 2012).

Este trabalho teve como objetivo principal compreender a abordagem do fenômeno sintático “colocação pronominal” em duas edições da "Moderna Gramática Portuguesa", de Evanildo Bechara (1961 e 1999), e suas motivações e implicações no processo brasileiro de gramatização do português na segunda metade do século XX. O estudo, situado no campo da Historiografia da Linguística, observou continuidades e descontinuidades estabelecidas pela gramática de Bechara em relação à tradição gramatical filológico-normativa.

Este trabalho teve como objetivo geral interpretar, com base em ideias sobre variação e mudança linguística, reflexos do clima de opinião das décadas de 1960 a 1980, na construção de dois compêndios gramaticais de autoria do filólogo brasileiro Celso Cunha (1970 e 1985). A pesquisa é fundamentada no campo teórico-metodológico da Historiografia da Linguística, especialmente nas ideias de Koerner (1989, 1996), Swiggers (2010, 2013) e Altman (2004, 2009, 2012).